Era uma noite quente. Melissa fazia o caminho de sempre até o ponto de ônibus, como todos os dias após o trabalho, porém naquela noite Joana não a acompanhou, seu namorado viria buscá-la. Não a agradava andar sozinha na rua tarde da noite, mas era questão de tempo até conseguir mudar de horário na central. Seu vestido curto, adequado para uma noite de dezembro, contornava sua silhueta com perfeição, um corpo cheio de curvas e de pele firme. Sua figura contrastava com a paisagem decadente do centro da cidade, seu perfume lutava por espaço com o odor dos mendigos e das bocas de lobo. Seguia os 6 quarteirões de sempre sem a cautela que deveria ter tido aquela noite...
Foi logo após contornar a esquina do banco. "Lembro que senti um golpe na cabeça" disse ao delegado. Um homem bem mais alto que ela a arrastou pra dentro de um hall de caixas eletrônicos, arrancando seu vestido como um animal faminto e com pressa. Deixou diversas marcas nos seus braços e pernas. Acordou sangrando com uma mordida no seio. Estava com o vestido todo rasgado, jogada num chão gelado, com um monstro de cerca de 40 anos, roupas sujas, mãos cascudas e grossas que tapavam sua boca com força. Se você gritar eu te mato. Tinha bom hálito. Hortelã. Ele mordia, dava tapas, transava com raiva, com dor, dominando-a, deixando-a sem alternativas. Devem ter ficado por ali cerca de 30 minutos, mas pareciam dias. Ele a pôs de quatro, meteu o pinto onde quis. Ela não conseguiu gritar, não conseguiu relutar, não conseguiu nada, só gozar. Ficou jogada e molhada no chão do banco, coberta de hematomas e de sangue pisado. Já de pé, enquanto o homem fechava o zíper da calça, virou-a em sua direção com o pé direito e cuspiu no seu rosto. Um pedaço de carne, apenas um pedaço de carne. E saiu.
Ela ficou em choque. Pedaço de carne. Apenas um pedaço de carne. Aquela voz, aquela frase. Pensou milhões de vezes antes de procurar a polícia. Não sabia se queria simplesmente apagar essa noite de sua memória, talvez não quisesse dividir isso com ninguém. Teve medo e pesadelos, mas superou alguns depois de dias e foi à delegacia. Narrou aquela noite com o máximo de detalhes que conseguiu. Era a quarta vítima do delinqüente que havia sido pego pela polícia naquela manhã. Poderia reconhecê-lo? Claro que sim.
Ainda tinha marcas no corpo daquela noite. Foram colocados frente a frente, com dois policiais robustos segurando o estuprador. Trocaram olhares e ela começou a chorar, balbuciando sim por entre soluços. Olha, a gente pode segurar ele pra senhora descontar um pouco da raiva. Ele tá algemado. É mesmo? Claro, claro. Ela olhou fundo nos olhos daquele homem que sequer sabia o nome, lembrando dos detalhes daquela noite. Cada toque, cada agressão, cada pedaço de abuso, o hálito de hortelã. Ajoelhou na sua frente e abaixou suas calças. Chupou seu pinto como se fosse a última coisa a fazer no mundo. Os policias, perplexos, não esboçaram nenhuma reação. Duas interrogações, de pé, observando a cena. Terminando o serviço, Melissa, com algum esperma no rosto, ainda de joelhos aos pés do confuso porém satisfeito agressor de outrora, pediu-o em casamento. Nunca gozara daquele jeito nesses 34 anos de vida morna.
Foi uma cerimônia simples.
Foi logo após contornar a esquina do banco. "Lembro que senti um golpe na cabeça" disse ao delegado. Um homem bem mais alto que ela a arrastou pra dentro de um hall de caixas eletrônicos, arrancando seu vestido como um animal faminto e com pressa. Deixou diversas marcas nos seus braços e pernas. Acordou sangrando com uma mordida no seio. Estava com o vestido todo rasgado, jogada num chão gelado, com um monstro de cerca de 40 anos, roupas sujas, mãos cascudas e grossas que tapavam sua boca com força. Se você gritar eu te mato. Tinha bom hálito. Hortelã. Ele mordia, dava tapas, transava com raiva, com dor, dominando-a, deixando-a sem alternativas. Devem ter ficado por ali cerca de 30 minutos, mas pareciam dias. Ele a pôs de quatro, meteu o pinto onde quis. Ela não conseguiu gritar, não conseguiu relutar, não conseguiu nada, só gozar. Ficou jogada e molhada no chão do banco, coberta de hematomas e de sangue pisado. Já de pé, enquanto o homem fechava o zíper da calça, virou-a em sua direção com o pé direito e cuspiu no seu rosto. Um pedaço de carne, apenas um pedaço de carne. E saiu.
Ela ficou em choque. Pedaço de carne. Apenas um pedaço de carne. Aquela voz, aquela frase. Pensou milhões de vezes antes de procurar a polícia. Não sabia se queria simplesmente apagar essa noite de sua memória, talvez não quisesse dividir isso com ninguém. Teve medo e pesadelos, mas superou alguns depois de dias e foi à delegacia. Narrou aquela noite com o máximo de detalhes que conseguiu. Era a quarta vítima do delinqüente que havia sido pego pela polícia naquela manhã. Poderia reconhecê-lo? Claro que sim.
Ainda tinha marcas no corpo daquela noite. Foram colocados frente a frente, com dois policiais robustos segurando o estuprador. Trocaram olhares e ela começou a chorar, balbuciando sim por entre soluços. Olha, a gente pode segurar ele pra senhora descontar um pouco da raiva. Ele tá algemado. É mesmo? Claro, claro. Ela olhou fundo nos olhos daquele homem que sequer sabia o nome, lembrando dos detalhes daquela noite. Cada toque, cada agressão, cada pedaço de abuso, o hálito de hortelã. Ajoelhou na sua frente e abaixou suas calças. Chupou seu pinto como se fosse a última coisa a fazer no mundo. Os policias, perplexos, não esboçaram nenhuma reação. Duas interrogações, de pé, observando a cena. Terminando o serviço, Melissa, com algum esperma no rosto, ainda de joelhos aos pés do confuso porém satisfeito agressor de outrora, pediu-o em casamento. Nunca gozara daquele jeito nesses 34 anos de vida morna.
Foi uma cerimônia simples.