Ao por do sol dourado
olho o mar
sinto o vento
vejo um barco
passar
Como quem vai
pra nunca mais
voltar
sem parar pra pensar
O que ficou é pouco
é um olhar
com lágrimas contidas
confundidas
a amargar
Um beijo de criança
sem a língua
pra provar
Teu jeito de andar
de me parafrasear
um cheiro
bem macio
sem palavra
ou paladar
Tentando entender
uma vida
sem tentar
Me dá um aperto
no peito
ao ver o mar
sem força e sem contexto
pra lutar
Parado ali, a te imaginar
pensando em te falar
em te roubar
Chega! Me levanto
evito o vento
e volto
a caminhar
Sigo meu destino sem pesar
mas hoje ainda me pego
a sonhar
com o amor que desisti
ali no mar
de uma mulher incrível
singular
de beleza e doçura
fácil de se fascinar
mas difícil de amar
pois ela é um anjo
que nunca soube
se entregar.
6 comentários:
malditos anjos q nunca se entregam... aiai... hehe...
noss eu cheguei a me sentir em uma praia mesmo!
Muito bom!!!
Que anjo ruim! Larga mão! ahaha
como bom mineiro, e so tendo ultrapassado os limites dessas serranias apenas para conhecer o planalto central, não conheço o mar até hoje, mas devoto um sentimento muito parecido com o seu ao rio no qual cresci olhando.
Inclusive escrevi um post para o mesmo, se quiser dar uma olhada esta aqui o link
http://malfardado.blogspot.com/2006/12/rio-par.html
um abração
Lucas Ribeiro
Belo texto....lendo parece música aos ouvidos. Com certeza com uma bela melodia, poderia virar um hit, hehehehhee. Gostei msm cara, tava com saudades destas poesias...e tbm acho que vc deveria largar mão desses anjos! abs!
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