domingo, 5 de abril de 2009

Uma saudade vã nessa rosa ali no peito...

Saudade daquilo que joguei fora,
Agora que tudo virou um passado de memórias confusas,
de palavras doces e de abraços nus.

Muitos fragmentos
com desejos e farpas
um quebra-cabeça, que parece faltar peças,
que a criança aqui tem preguiça de montar
ou talvez seja medo
da imagem que ele forma.

Troquei as fechaduras.
Tranquei todas as portas.
Mas o gosto parece não sair da boca
e, embora isso atormente às vezes,
pior é não saber onde deixei as minhas chaves.

Hoje eu resolvi pensar na saudade,
que mora comigo e não vai embora.
De um amor que se mostrou curioso,
me mostrou indefeso
e não pediu muito.
(só pediu que eu não tivesse muito medo de mim mesmo).

Saudade de tudo que não tenho agora,
do futuro do pretérito
que joguei fora.