sábado, 7 de abril de 2007

Dos direitos fundamentais

Ah, se eu pudesse exigir...
Ah, se eu pudesse apitar...

Não ia ter tanto choro
nem tanto do que reclamar
o amor que eu tenho pra dar
não pode e não deve sumir

Se ao menos eu pudesse apitar...
Se ao menos eu pudesse exigir...

O tempo me ata as mãos
sufoca, me impede de agir
passa mais um verão
e o tonto do meu coração
aguarda o sonhado porvir

Mas se eu não posso exigir
de que me vale sonhar?

Estou velho demais pra brincar
de bem-me-quer
mal-me-quer
mas vou me matar
desgastar
de tanto gostar
e fazer

Pois sempre que eu posso querer
eu nunca posso pedir

Não sei dizer o que vi
O que senti
O que há
Não posso nem tento provar
Nem posso dizer que entendi
Mas posso dizer que vivi
O tanto pra me apaixonar.

Ah, se eu pudesse exigir
O meu direito de amar.

5 comentários:

Anônimo disse...

Não sou desocupado não O)))
Hoje é final de semana... uhsuahush
cara, o seu poema é interessante, bastante expressivo e deixa bem claro um sentimento de raiva e amor unidos em um sentiemnto de o que devo sentir, o que devo fazer? Por que isso está acontecendo... E a vontade de mudar... Multiplas interpretações de seu poema, mas posso dizer isso por agora...
abraço.

Cassio Brito disse...

Se eu pudesse apitar...
Acho que se eu pudesse realmente apitar, minhas noites não seriam tão vazias e meus dias tão rotineiros.
Talvez eu possa. Quem sabe!?
Gostei muito da sua página.
Espero te ver no cólica cerebral mais vezes.
Beijão

C.

Leila D. disse...

Ah, lindeza, todo mundo tem o direito de amar. Exija o seu!
Bacci mile.

Anônimo disse...

aeeee...fudido!!!
simples,claro,objetivo,suave e denso.
chega de elogios...senao jaja vc estará por ae exclamando:
"ai eu escrevo tão bem!"
hahahahahah

Mariana disse...

Adorei!!! Muito bom...

Ah, se eu também pudesse exigir...